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Publicado em 01/11/2023
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Na CNI, Alckmin faz aceno ao Congresso e exalta reforma tributária

Presente na posse do empresário Ricardo Alban como novo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) lembrou, na noite desta terça-feira (31/10), da proposta de reforma tributária que tramita no Senado. Em discurso, ele agradeceu aos parlamentares pelo encaminhamento do projeto que, segundo ele, será essencial para o desenvolvimento da indústria brasileira.

“Quero aqui fazer um agradecimento e um reconhecimento ao presidente [da Câmara] Arthur Lira, que pegou para valer para votar a reforma tributária em tempo recorde na Câmara Federal. Destacar também a participação do Aguinaldo Ribeiro, que foi o relator na Câmara Federal, fazendo um belíssimo trabalho na reforma tributária”, disse.

Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, classificou o setor como “supertributado” e disse que a reforma “vai desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação porque ela acaba com a cumulatividade”. “Muito mais que incentivos, queremos condicoes para competir e entregar ao Brasil o que so a industria pode entregar: mais empregos de alta qualidade, inovacao e insercao nas cadeias globais de producao”, completou.

Na cerimônia, ele também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve assinar, hoje, o decreto que recria o Regime Especial da Indústria Química (Reiq) — que é a regulamentação da isenção de 2,19% no Pis/Cofins sobre a compra de matérias-primas básicas petroquímicas de primeira e segunda geração.

Geraldo Alckmin ainda declarou que o Executivo tem feito esforços com o Congresso para a desburocratização e impulsionamento da chamada economia verde. Ele disse que o objetivo é transformar o Brasil em líder mundial de desenvolvimento sustentável.

Ausência de Pacheco

Em breve discurso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ressaltou que o Congresso Nacional trabalhará para aprimorar a legislação brasileira para todos os segmentos da indústria. “Não por menos, os dois presidentes das Casas, do Legislativo Federal… Esperava aqui no discurso o presidente [Rodrigo] Pacheco. Confirma o prestígio e a relevância do setor industrial e da CNI para o futuro deste país”, disse o parlamentar ao mencionar a ausência do presidente do Senado no evento.

Lira afirmou que o Legislativo seguirá comprometido no próximo ano com pautas voltadas ao ambiente de negócios e estabilidade do país. “Quero enfatizar que no próximo ano a Câmara estará empenhado em dar continuidade ao trabalho que vem fazendo com vistas a garantir estabilidade para o país”, ressaltou.

O empresário Ricardo Alban tomou posse na noite desta terça-feira, em Brasília, como novo presidente da CNI para o quadriênio 2023-2027. Estiveram presentes na solenidade o vice-presidente Geraldo Alckmin; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Também participaram do evento os governadores Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Romeu Zema (Minas Gerais), além do prefeito de Salvador, Bruno Reis, integrantes do corpo diplomático, entidades empresariais, ministros do governo Lula e do Judiciário.

Alban foi eleito em 3 de maio deste ano, em votação unânime, na chapa composta por cinco vice-presidentes executivos, um de cada região do país. A nova diretoria assume a gestão da maior representação da indústria brasileira. Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) desde 2014, o empresário sucede o empresário mineiro Robson Braga de Andrade, que comandava a CNI desde novembro de 2010.

 

Fonte: Correio Braziliense