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Publicado em 14/03/2019
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Ex-Subgerente Fiscal, Marlúcia Gouveia garante que capacidade e competência independem de gênero

Texto: Weverton Camposmarlucia-gouveia
Foto: Arquivo pessoal

Dando continuidade à série de entrevistas com mulheres auditoras fiscais da Receita do Estado do Espírito Santo que se destacaram na carreira, conversei com Marlúcia Almeida Gouveia, 58 anos.

No decorrer da sua carreira na Sefaz-ES (Secretaria de Estado da Fazenda), que totalizou 34 anos em 2018 - ano em que se aposentou - Marlúcia foi Supervisora da Área de Tributação, Coordenadora da Receita do Estado em Cachoeiro de Itapemirim e também na Região Metropolitana; Supervisora do Cadastro Simplificado e, por último, Subgerente Fiscal da Região Metropolitana. Antes, já havia dedicado alguns bons anos ao serviço público.

Muito respeitada e reconhecida pelos colegas, Marlúcia afirma que capacidade técnica e competência profissional independem de gênero para o exercício da atividade de auditoria fiscal e outras correlatas. "Penso que mesmo se tratando de uma área ligada ao poder de fiscalização e polícia, não há que se falar em mulher ou homem terem mais identificação. Esse é um pensamento retrógrado, que não cabe mais em nossos dias. No meu caso específico, sempre me identifiquei com a atividade, com senso de hora e lugar exatos. No entanto, também acredito que em todas as atividades profissionais o bom desempenho e a satisfação profissional levam em conta a necessária vocação," reflete.

A auditora conta que prefere lembrar das tantas coisas positivas que aconteceram durante as mais de três décadas, do que se ater aos poucos momentos ruins. "Nunca senti nenhum ato de discriminação dirigida a mim. O que aconteceu fora disso foram exceções, que não valem. Ocorreram sim momentos graves, mas foram exceções", argumenta. “As eventuais dificuldades que surgiram serviram unicamente para que eu perseguisse o propósito de respeitar o bom contribuinte do imposto e procurar atingir os objetivos da Administração Fazendária, sempre fazendo parte de equipe de auditores com o mesmo propósito”, concluiu.

Para ela, a mulher é cada vez mais respeitada pela sociedade. "Penso que a gente tem sido muito mais reconhecida. Talvez ainda não tenhamos chegado ao ideal, mas as mulheres que tiveram oportunidade de ocupar cargos de chefia [na Sefaz] demonstraram que são muito capazes, abrindo portas para as demais", finaliza.

A mulher auditora

Em homenagem a todas as mulheres que integram o Fisco capixaba, o Sindifiscal estará, no decorrer dos próximos dias, publicando outras experiências de auditoras ao longo de suas carreiras.