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Publicado em 22/04/2021
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Com alta real de 18,5%, arrecadação soma R$ 137,9 bi em março, recorde para o mês

Texto: Alexandre Martello/G1
Foto: Divulgação

A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais acelerou em março e atingiu R$ 137,932 bilhões, valor recorde para o mês, informou a Secretaria Receita Federal nesta terça-feira (20).

Na comparação com março do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 116,410 bilhões, houve aumento real (descontada a inflação) de 18,49%.

Os valores foram corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A arrecadação federal ainda não sentiu os efeitos da segunda onda da Covid-19 no Brasil, pois ela é resultado de fatos geradores em fevereiro. A pandemia começou a ser sentida novamente, com mais intensidade, em março deste ano, com possíveis reflexos na arrecadação de abril.

Além disso, de acordo com a Receita Federal, a arrecadação do mês passado foi influenciada por "recolhimentos atípicos" de, aproximadamente, R$ 4 bilhões, por algumas empresas de diversos setores econômicos no Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL).

As compras do exterior, de acordo com o órgão, também ajudaram na arrecadação. Em março, informou a Receita Federal, houve um aumento real de 50,92% no recolhimento do Imposto de Importação, para R$ 9,099 bilhões.

Primeiro trimestre

Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 445,900 bilhões. O valor representa uma alta real (descontada a inflação) de 5,64% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 426,287 bilhões) e novo recorde para o período.

De acordo com a Receita Federal, houve recolhimentos atípicos de R$ 10,5 bilhões em IRPJ e CSLL nos três primeiros meses deste ano, contra R$ 2,8 bilhões no mesmo período do ano passado, por empresas de diversos setores econômicos, o que ajudou o resultado de 2021.

Guedes comemora resultado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado da arrecadação em março e no primeiro trimestre deste ano. Segundo ele, os bons números mostram que a atividade econômica estava se recuperando novamente, mas acrescentou que a segunda onda da Covid-19 pode ter impacto no nível de atividade.

"Estamos observando que os índices de atividades econômica do BC vieram bem acima do esperado, mostrando recuperação em todos setores, até mesmo o comércio superando a fase pré-pandemia. E índices de emprego formal mostram que o Brasil se levantou. Foi derrubado pela pandemia, mas se recuperou", disse Guedes.

Segundo ele, é preciso acelerar o ritmo de vacinação para permitir um retorno seguro ao trabalho.

"A melhor política fiscal [para as contas públicas] é vacina, vacina e vacina. Porque temos de garantir o retorno seguro ao trabalho da população brasileira. É possível que haja um impacto da segunda onda", declarou.

Ele disse que "novas camadas de proteção" à população, com o auxílio emergencial, programa de manutenção do emprego e crédito para microempresas, estão sendo adotados.

 

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