O Grupo Globo pagou R$ 2,4 bilhões, somente em impostos federais, no ano de 2019. O montante foi informado ao UOL pelo próprio Grupo, que inclui empresas como TV Globo, Globosat, Globo Play, Som Livre e Globo.com.

Em se tratando de faturamento, dados do Notícias da TV, também hospedado no UOL, dão conta de que o Grupo faturou R$ 14 bilhões no ano passado - dos quais R$ 10 bilhões são referentes à TV.

A TV Globo também figura como uma das 20 marcas mais valiosas do país. De acordo com a nova edição do ranking BrandZ Brasil, feito pela Kantar/WPP, em parceria com o jornal Meio & Mensagem, a emissora dos Marinho vale R$ 3,3 bilhões neste ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, o que a coloca em sexto lugar no ranking, atrás de Itaú (R$ 8,2 bi), Skol (R$ 6,8 bi), Bradesco (R$ 6,1 bi), Magazine Luiza (R$ 5,1 bi) e Brahma (R$ 3,7 bi).

Dívidas

Ultimamente, a emissora tem sido acusada de ter dívidas em aberto. No início de setembro, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, acusou a Globo no Twitter de ter uma dívida de R$ 33 milhões em IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços).

Em resposta, a Globo defende que não há débitos pendentes. Mas admite que está recorrendo da cobrança, que considera indevida.

"A informação não procede. A Globo não tem débitos pendentes com a prefeitura. Como qualquer empresa brasileira, tem garantido por lei o direito de questionar possíveis cobranças indevidas", informa a Globo em nota.

Três anos antes, em 2017, o Diário do Centro do Mundo noticiou que a Globo devia mais de R$ 750 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) - imposto estadual - ao Rio de Janeiro. À época, o Grupo respondeu que não existia qualquer dívida de ICMS com o Rio.

"Aconteceram autuações, em razão do Fisco Estadual entender que haveria incidência do imposto sobre a inserção de publicidade na Internet e TV paga. A empresa não concorda com esse entendimento. Não há incidência de ICMS sobre tal atividade", disse o Grupo em nota.

Denúncia de sonegação fiscal

Em 2006, a Globo também foi envolvida em polêmicas tributárias. No ano em questão, a TV foi autuada pela Receita Federal por sonegação de Imposto de Renda incidente sobre a compra dos direitos da Copa do Mundo. O débito chegava a R$ 615 milhões.

A emissora recorreu e alegou que havia comprado os direitos de um paraíso fiscal. Mas com o aprofundamento da investigação da Receita, descobriu-se que a empresa era controlada pela própria Globo, o que enquadrou seus acionistas em crime contra a ordem tributária.

Em 2007, entretanto, a Globo informou que havia regularizado sua situação fiscal.